Ecos

Ecos de solidão

Dão o som da melancolia

Lia, enganado, os manuais da vida

Ida sem volta e que a ninguém faz falta

Alta é a queda do barranco

Arranco os espinhos profundos

Fundos os olhos no meu semblante

Ante os ardores abissais

Sais que correm em lágrimas

Ímãs para outras depressões

Pressões de dentro e de fora

Ora por minha carcaça

Caça abatida da fortuna

Una as mãos e me abençoe

Soe o címbalo do desespero

Espero as notas de outra escala

Cala, por favor, os sons destes ecos secos.

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