Epílogo

Começou com um amor Platônico

O verter de lágrimas Goethílico

Afogando um desejo Alencarnal.

Apaixonou-se Shakespearadamente

Com uma vontade Amadolorosa.

Muito em breve estaria Leminskebrado

Aquela Flaubertina só lhe virava o rosto

Enquanto, Byronica, caminhava em beleza como a noite

Que luxúria Dantestável!

Veio a paranóia Dostoievskondida:

Inventou um mistério Doyleviano

Alimentando a dúvida Machadormente da traição

Orwellusivo, ele a seguiu e vigiou.

Mas tudo que encontrou foi sua ilusão Cervanteclimática

A verdade era mais Saramarga depois da cegueira:

Não havia pedra Drummondiosa em seu caminho

Além da obsessão Nabokovarde

Até que lhe restou apenas

A angústia Kafkastigante

A alma Lispectorturada

O corpo Faulknerte.

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